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sábado, 17 de maio de 2008

Que humano !


A cultura americana reverencia de forma descarada os seus grandes criminosos.

Nós, brasileiros, que macaqueamos tudo o que vem das bandas do norte, começamos a entrar nesta onda.

O nome mais citado na imprensa nacional, atualmente, é o de Alexandre Nardoni. Aliás, o sobrenome Nardoni já virou sinônimo de pai que mata filho.
Os americanos fazem o mesmo desde os tempos de Ma Baker ou Bonnie e Clyde, passando por mentes muito mais perturbadas como a dos serial killers, verdadeiros astros nacionais.
Investigar estas mentes macabras é uma curiosidade humana. Talvez, e somente talvez, estas pessoas tenham tido a coragem de cometer crimes que todos nós já tenhamos tido vontade de praticar. Quem sabe se, lá no fundo d´alma, não somos todos um poço de violência ? - Quem sabe se não somos todos animais selvagens (no péssimo sentido da expressão) controlando e adestrando sentimentos de fúria insana ?

Os americanos, por sua exaltada "liberdade de expressão", dão-se ao luxo de escancarar esta psicose e cultuar seus bandidos enquanto nós fazemos aquelas caras de "ooh" e "que horror" na tentativa de dissimular o mórbido desejo de adentrar nos escombros dos crimes brutais.
Quando acontece um crime chocante, sempre vamos atrás de mais informação. Queremos saber como ocorreu, devoramos notícias, ficamos alarmados com detalhes escabrosos mas não conseguimos parar de alimentar este lado sombrio da nossa psiquê que nos faz admirar um grande criminoso.
Que horror ! - Que humano !

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