Quando as caravelas espanholas e portuguesas aportaram no continente americano encontraram os nativos maravilhados com naves tão majestosas, capazes de cruzar mares e os conquistadores foram confundidos com deuses.
Por milênios, o homem nativo das Américas se desenvolveu sabendo que um dia esses povos viriam. Várias profecias maias, incas, quíchuas e até tupis contavam que visitantes de terras distantes chegariam trazendo civilidade, inovações tecnológicas e prosperidade ao povo local.
Hoje, nossas profecias dizem que é questão de tempo até fazermos contato com povos de outros mundos.
Acredito que eles também chegarão aqui em naves majestosas e nós os confundiremos com deuses, esperançosos que estaremos por uma civilização avançada que venha nos trazer alívio às nossas mazelas.
O que devemos ter em mente que a história, sendo cíclica, nos ensina que 99% dos colonizadores chegam em busca de riquezas imediatas e trazem consigo alguma prosperidade e civilidade, sim, mas também doenças e escravidão.
A cultura dos colonizados é quase totalmente exterminada, as raças cruzadas, a terra devastada e a única lei que vale é a deles. Colonizados serão sempre os bárbaros, sujos e ignorantes.
Se o ciclo se cumprir, antevejo que nossos primeiros contatos serão tenebrosos. Os povos que virão de além-céu serão desbravadores, mercenários, buscando riquezas para seus mundos (minérios, escravos, quem sabe até água). Irão dizimar a raça humana e apenas uns poucos exemplares sobrarão para contar a história até que colonizadores do bem cheguem para o resgate triunfal.
Quem sabe não impera, neste momento, um Tratado de Tordesilhas intergalático onde a Terra é a última fronteira a ser conquistada por raças alienígenas - como portugueses e espanhóis frente ao Novo Mundo.
Se nossas profecias estão certas - e nossas profecias são o inconsciente coletivo, que nos diz que não estamos sozinhos no universo - os conquistadores chegarão em breve.
No início, sofrimento. Depois, um mundo de glórias.
...e não é exatamente disto que trata o Apocalipse ?
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