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domingo, 30 de maio de 2010

FENART 2010

Realizou-se em João Pessoa o 13º FENART - Festival Nacional de Artes - no Espaço Cultural, um lugar fantástico que poucas cidades têm, muito menos no nordeste.

Seria uma ótima oportunidade da cidade mostrar porque é considerada a "Paris Nordestina", um celeiro de artistas e palco aberto a talentos brasileiros. Não foi.

O que se viu foi um show de má organização.

Logo na chegada ao evento, os recepcionistas mal humorados avisavam que não havia folders com a programação. Como assim ?
Tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo - literatura, teatro, dança, exposição de artes visuais, palestras, música - e ninguém conseguia um mísero roteiro a seguir ?
Nem vou comentar o nível de instrução dos recepcionistas...deixa isso pra lá.

No Teatro de Arena rolava uma peça, a única paraibana. A iluminação era péssima, as acomodaçõe s ridículas e o calor beirava o insuportável. Mesmo assim, um grande público prestigiava o evento. Pois, perto do desfecho, começou a rolar um show de rock no palco principal num volume tão alto que abafou a fala dos atores.
Desrespeito. É o mínimo. Desorganização. É constatação.

O Festival virou uma enorme praça para comilança e bebedeira. Até Nelson Mota, que lançava um livro, teve que interromper o discurso porque ninguém ouvia nada do que ele dizia. Lamentável.

A noite parecia salva pelo show maravilhoso de Frejat. Ele é puro êxtase e a platéia paraibana compareceu em massa para ouvir o trabalho do cara. Ufa ! - Alguma coisa tinha que se salvar !

Que nada...depois dele entrou a turma do Capim Cubano com sua pseudo-salsa, um ritmo que mescla axé com lambada vagadunda, aliado a um péssimo sistema de som e danou-se tudo outr a vez...O povo começou a sair, sair, sair...

E assim terminou a noite de um Festival de Erros Artísticos, tudo milimetricamente programado para irritar, desconcertar e assustar quem buscou um pouco de erudição.

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