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sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Santa Ceia


Campanha publicitária escandaliza a Califórnia ao mostrar Jesus, de novo, de maneira nada convencional.
Ao invés do pão e vinho, puseram brinquedinhos de sex shop. Os discípulos foram substituídos por homens usando moda sadomasô...e por aí vai. Veja com seus próprios olhinhos e, quem sabe, descubra até mais...

terça-feira, 25 de setembro de 2007

A Capital da Paraíba é Cabo Branco






Com a pretensão de concorrer com Natal (RN) e Recife (PE) por uma fatia maior na indústria do turismo que movimenta o Nordeste, a capital da Paraíba, João Pessoa, está em absurda desvantagem.






A começar pelo próprio nome da cidade: João Pessoa. Não é atrativo para turistas brasileiros e desinteressante para gringos. Um balneário tão lindo deveria ter um nome mais adequado como Cabo Branco - acidente geográfico que marca o ponto mais oriental das Américas e fica em João Pessoa.






A família Pessoa, do falecido João que nomeia a cidade, ainda influencia a política local e, talvez por isso, todas as tentativas de mudar-se o nome da capital tenham fracassado até hoje. Quem foi João Pessoa? O que ele fez de fato pela Paraíba?






O sr. João foi educado no Recife, vivia no Recife até ser nomeado governador e foi assassinado no Recife. Não vou aqui manchar a memória dele, mas, convenhamos, sua vida não foi exemplar a ponto de merecer tamanha homenagem. Foi João Pessoa quem denunciou o caso amoroso entre Anayde Beiriz e João Dantas, expondo-os ao repúdio da sociedade e destruindo suas reputações. Anayde, ainda hoje, é lembrada como puta.






Enfim, a capital da Paraíba tem longa tradição de mudança de nomes. Desde quando foi fundada em 05 de agosto de 1585, já se chamou Frederikstadt - durante o domínio holandês -, depois virou Filipéia - homenagem ao rei Filipe de Espanha - e também já foi simplesmente Parahyba. São mais de 400 anos tentando encontrar uma identidade própria, distinta da influência do Recife.






Com a pretensão de se tornar destino turístico internacional, é bom começarem a armar uma propaganda mais convidativa ao invés de se manter esta homenagem descabida a um homem que ninguém sabe quem foi ou o que fez...se é que fez ! Hoje, sabemos que homenagear político é burrice. Você poria a mão no fogo por algum deles ??






Meu voto é que a capital da Paraíba se chame Cabo Branco.

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Chora, Brasil !


A seleção brasileira de futebol foi ao México para jogo amistoso e milhares de conterraneos nossos, que vivem nos EUA, cruzaram a fronteira para chorar ao ouvir o hino nacional ser executado.




Fiquei me perguntando por quê choravam. Devia ser de alegria por terem tido a chance de imigrar para terras mais civilizadas. Fernando Henrique Cardoso tinha razão quando disse que o Brasil é uma pátria de caipiras. Digo mais: somos um bando de ignorantes que se acovarda diante de ladrões como Renan Calheiros, Delúbio Soares ou Jader Barbalho, só pra citar alguns.




Deveriamos chorar ao lembrarmos da palhaçada que foi o Kit de Primeiros Socorros, aquele que nos foi imposto apenas enquanto fazia a fortuna de algum parlamentar e que nós, caipiras que somos, aceitamos sem reclamar.



Lágrimas rolariam pelos rostos brasileiros se tívessemos vergonha na cara por saber que reelegemos um matutão alcoolatra como presidente e que seus projetos de governo são um engodo do tamanho do país, servindo apenas ao enriquecimento ilícito da corja que o acompanha e infesta os salões do Palácio do Planalto.




Se querem chorar, que chorem pela falência de todos os meios de transporte ou pela decadência do ensino. Chorem pelas vítimas da violência cotidiana e pela favelização do campo.





Apenas sejam espertos: façam como nossos compatriotas: imigrem para a América ou Europa e chorem, chorem muito, chorem de alegria por terem saído desta lama.




"Um filho teu não foge à luta ?"
Chora, Brasil !

sábado, 1 de setembro de 2007

Dois Homens Negros

Entrei numa loja de conveniência por volta das 10 da noite para comprar cigarros e, enquanto esperava o caixa atender outros clientes, chegaram dois homens negros.



Eles eram altos, musculosos, tatuados, descalços e aparentavam ter uns 20 anos. O segurança da loja colocou-se na porta de saída e observava cada movimento dos dois homens negros.



Criou-se um clima de desconforto e medo. As estatísticas acusam que este é o perfil do assaltante: homem jovem e negro.



Quanto mais o caixa demorava-se em passar o troco, mais crescia o incômodo entre os clientes brancos que se entreolhavam num código silencioso, disparando o alerta de "vamos ser assaltados por estes negros".



Nada aconteceu. Paguei meus cigarros e saí aliviado daquele lugar, apesar do peso do preconceito. Ou teria sido eu apenas precavido ?



É como disse o poeta Augusto dos Anjos:

"Quem, nesta terra, vive entre feras, sente inevitável necessidade de também ser fera."