Tem coisas que não dá pra deixar passar. Desculpem o senso crítico aguçado.
Na Música Popular Brasileira, muita gente é endeusada quando, na verdade, deveria ser exilada para qualquer lugar onde o analfabetismo imperasse. Só um ignorante para não questionar essas obras-primas musicais, vendidas a nós como grandes poesias. Tudo questionável.
Vejamos:
O que Caetano Veloso achou que estava fazendo quando criou estes versos:
"Eta, eta, etá...é a lua, é o sol, é a luz de Tieta, eta, etá". - Desculpe, senhor compositor, mas rimar Tieta com eta é de uma pobreza poética singular. Nem há imagem inteligível nos versos "Luz do sol, que a folha traga e traduz..."
E o intocável Djavan ? - Que grande mensagem subliminar está escondida em suas músicas ?Alguém me ajude porque, até hoje, eu não decifrei:
"A luz de um grande prazer é irremediável neon". O que seria um neon irremediável ?
Quando partimos para os lados da Bahia a coisa se dana de vez. O Axé é um ritmo para carnaval, então, eu perdoo as rimas pobres e a métrica tétrica. Só não dá para perdoar o É O Tchan, grupo responsável por pérolas como "Menina que requebra, mãe, pega na cabeça". Pega ? - Mas, como eu já disse, está perdoado. O imperdoável é Maimbê Dandá, da Daniela Mercury, repetido à exaustão e complementado com o infame "zum zum zum ZumZum-Baba". Quem seria ZumZum-Baba ? - Algum pai-de-santo ? - Um guru indiano ?
Talvez seja a dificuldade em raciocinar que leva milhares atrás do trio-elétrico do Chiclete com Banana para ouvir as sublimes composições do grupo. "Nana Banana, eu quero te ver...tum tum tum tum...lá lá lá lá...ê ê aê...é demais !" - É a sonorização da imbecilidade.
Mas, estão todos perdoados. Isso é Música Popular Brasileira e no nosso país tudo é permitido. Cada um que tenha dó dos seus tímpanos e neurônios.
Um comentário:
Bem que se poderia colocar um cifrão sobre o B... Melhor não... O B já é o 3 (de MP3) com um risco cifrado... lol
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